ROSAS E POLUIÇÃO.
A história testemunha nossa tradição,
De um povo bravo e aguerrido,
E entre mortos e feridos,
O povo vai mudando a opinião.
É uma lástima ter que acreditar,
Que as tantas batalhas do passado,
Que deixaram tanto legado,
Hoje é só uma lembrança no ar.
Pois dizem que o mundo mudou,
E que nada disso tem mais valor,
Pois aquele que dava a vida por sua terra e seu amor,
Hoje prova que por medo se acovardou.
Até a natureza já é mais triste,
Pois tudo enverdecia com mais facilidade,
E o homem com aquela hombridade,
Hoje já não mais existe.
Bebidas, drogas, luxúria e depressão,
É o escudo, onde o homem se esconde,
E aquele que cruzava fronteiras e horizontes,
Hoje se contenta em viver atirado no chão.
O “Desenvolvimento” aumenta ainda mais,
Tirando o homem do próprio homem,
E que hoje morrem de fome,
Por viver tanto tempo sem paz.
A soberba e a ganância dessa gente,
Segue destruindo sonhos e plantações,
O homem que era pra viver muito contente,
Continua colhendo sangue no campo das tentações.
O aramado que envolve nossas casas,
Nos deixa em constante prisão,
Quem está solto é o ladrão,
Enquanto vivemos como pássaros sem asas.
A lepra está presente em nossas vidas,
A cada dia uma nova doença surge,
E o homem que é mais rude,
Padece de dor nas infinitas filas.
E assim a modernidade vai tomando conta,
E o mundo em constante demolição,
É uma realidade que não mais me espanta,
Viver entre rosas e poluição. Rodrigo G. de Freitas, 24/03/2010.